Deputado Chió define inauguração do primeiro Museu de Arqueologia da PB como reparação histórica

No início da noite desta segunda-feira (10), o Museu de Arqueologia de Pilões foi inaugurado em cerimônia solene na cidade. O projeto, encabeçado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf), é o primeiro do gênero no estado e conta com mais de 200 peças arqueológicas e conjuntos funerários dos povos Aratu e Tupi-guarani, que residiram na Paraíba há mais de cinco mil anos.

O deputado estadual Chió (Rede), que prestigiou a inauguração do espaço, vê a instalação como uma reparação histórica aos anos de extermínio e descaso com os povos originários.

“É uma retratação histórica. Durante centenas de anos nossos indígenas foram massacrados, mortos, assassinados, suas línguas foram destruídas. Esses mesmos indígenas, que são nossos antepassados, nos deixaram o seu registro e a sua história. Aqui em Pilões, com esse museu, a gente faz uma retratação histórica de evidenciar os nossos antepassados. Foram esses indígenas que fizeram a história de Pilões”, ressaltou o parlamentar.

Além disso, o espaço será um importante fomentador educacional e para a economia da região. “Esse museu será importante para fortalecer a nossa ancestralidade e para a gente educar o povo nas nossas escolas. Além disso, é importante para gerar emprego e renda. É preciso que a Paraíba e o Brasil saibam que esse museu é fundamental para a nossa cultura e arte”, finalizou o deputado Chió.

Com a identificação do acervo, Pilões tornou-se um dos principais centros de referência para o estudo e pesquisa dos povos Aratu e Tupi-guarani no país. A expectativa de especialistas em cultura e lideranças locais é de que o município se torne uma importante rota para o turismo arqueológico.

“A criação desse museu vai contribuir muito com a nossa cidade, principalmente na questão cultural porque através dos achados, a gente pode constatar, mediante os estudos, que o solo de Pilões é um solo de história. Pilões sai muito maior pela riqueza de conteúdo que aqui existe. Temos a grata satisfação de dizer que a nossa cidade é a primeira da Paraíba a ter um museu arqueológico e um dos museus mais ricos em arqueologia do país”, declarou Brício Brilhante, chefe de gabinete da Prefeitura Municipal.

Além da importância para pesquisas históricas e arqueológicas, o museu vai possibilitar o desenvolvimento econômico da região que passa a estar integrada, como declarou João Filho, presidente da Câmara Municipal da cidade.

“Pilões sendo cada vez mais conhecida, recebendo turistas e movimentando o comércio, vai gerar emprego e renda. E une o útil ao agradável, com a chegada do Museu e a construção da estrada que liga Pilões ao trevo das cidades de Serraria e Borborema, isso vai fazer com que toda a região passe por Pilões e frequente o espaço”.

O município trabalha, agora, para legalizar uma reserva técnica no laboratório do museu ao lado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que estiveram envolvidas no processo de recuperação, pesquisa e desenvolvimento do espaço.

Além das universidades, através dos laboratórios de Arqueologia da UFPE e de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, o museu tem patrocínio da Prefeitura de Pilões, do Grupo Energisa, da Eletrobras Chesf; realização do Iphan e do Ministério da Cultura; e conta, ainda, com o apoio do grupo de pesquisas Arquelog e do Instituto Brasileiro de Museus.

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