Em véspera de viagem a Brasília, onde participa nesta terça-feira (29), de um Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento Regional, com equipe de transição do presidente Lula (PT), o deputado estadual Chió (Rede) reuniu representantes de instituições e segmentos ligados à economia solidária, saneamento básico, habitação, abastecimento de água e agropecuária.
De acordo com o parlamentar, os temas estão ligados diretamente as competências do Ministério do Desenvolvimento Regional, e que impactam diretamente a vida de milhares de paraibanos, por isso, a importância de ouvir as demandas desses segmentos, para transmitir as principais dores do povo ao governo de transição.
“Foi um momento de muita troca com professores das nossas universidades, representantes de instituições, presidentes de sindicatos, e paraibanos que pensam e trabalham diariamente em vertentes do nosso desenvolvimento regional. O nosso mandato conclui ainda hoje um documento com todas as sugestões, propostas e diagnósticos desses segmentos, para que possamos debater de forma oficial com a equipe de transição em Brasília”, antecipou Chió.
O coordenador do Movimento Plannes, Wendell Lima, destacou a importância da nova gestão do Ministério do Desenvolvimento Regional investir na agricultura familiar, esfera que segundo ele foi abandonada. “É preciso um investimento de 30 a 40% na aquisição pelo PNAE, a volta do PAA, bem como, que a Sudene esteja acessível para pequenos produtores e pequenas cooperativas. O MDR precisa ter um olhar especial para agroindustrialização e processamentos da produção da agricultura familiar e na defesa agropecuária”, destacou.
O professor e mestrando em Desenvolvimento Regional pela UFPB, Fábio Alves, lembrou a importância do MDR rever a política habitacional, bem como, provocar a retomada da interiorização das universidades públicas em todo o Brasil.
“A habitação popular sofreu um grande desmonte nos últimos anos, por isso, através do deputado Chió oficializo esse apelo ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Sem contar na paralização da expansão, e interiorização das universidades públicas, que contribuíram para dar acesso e educação aos mais pobres, democratizando o ensino. O saneamento básico também é outro desafio que constatamos, a partir da existência de inúmeras cidades que não possuem água encanada, imaginem esgotamento sanitário”, enfatizou o professor.
O coordenador da Rede paraibana de Bancos Comunitários e membro da Incubadora de Economia Solidária da UFPB, Daniel Pereira, antecipou que na próxima semana, Brasília sedia a Plenária Nacional de Economia Solidária, sendo fundamental a mobilização de deputados, senadores, bem como, do Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento Regional da equipe de transição, na atividade.
“Essa mobilização é importantíssima, não só para o movimento de economia solidária, mas, também, para promover o fortalecimento dos Bancos Comunitários e as Moedas Sociais. A Paraíba possui um Plano Estadual de Economia Solidária, e é fundamental garantir investimentos”, acrescentou.
Adriano Leite (PT), liderança na área de agricultura familiar e arranjos produtivos em caprinocultura no Curimataú paraibano, lembrou a pauta da água, entre as prioridades para o desenvolvimento regional, no Brasil dos próximos quatro anos.
“A Paraíba precisa de mais investimentos em segurança hídrica, a exemplo da construção da adutora do brejo, a conclusão da Transparaíba, mais cisternas e assistência técnica para os pequenos produtores, além da melhoria da carga genética dos animais e da modernização dos plantéis em instalação e logística”, defendeu.
Assessoria